Função Masculina, Disfunção Sexual, Hormônios e Sistema Cardiovascular


A abertura do terceiro dia do 8° Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana foi realizada com a palestra "Função Masculina, Disfunção Sexual, Hormônios e Sistema Cardiovascular", ministrada pelo Prof. Ron Rothenberg, que veio dos Estados Unidos para compartilhar conhecimento sobre o tema.

Rothenberg falou sobre o tema sob aspectos da neurobiologia, abordando disfunção erétil, libido, orgasmo, hormônios e inibidores. O Dr. também listou tratamentos para cada condição.

Sobre a função sexual masculina, Rothenberg explicou que o orgasmo promove a liberação de dopamina e serotonina. Para melhorar a produção de dopamina, segundo o Dr., a alimentação deve ser saudável, incluindo alimentos como couve e beterraba. Quando a produção desse hormônio está equilibrada, ocorrem melhorias na pressão, função erétil, entre outros.

Rothenberg também falou sobre como os hormônios auxiliam nas emoções e atividade sexual:

Ocitocina - influência na memória, aprendizado, aumenta o relacionamento social e, na prática sexual, aumenta o orgasmo;

Dopamina - ligada à emoção, motivação, aumenta orgasmo e libido;

Testosterona - promove a liberação de dopamina e aumenta a resposta à estimulação sexual. Neste caso, quando o nível é baixo, pode causar disfunção erétil e diabetes.

Serotonina - pode causar inibição libido e atividade orgástica do homem.

Ocitocina - a administração pode ser por spray nasal ou sublingual.

Ondas de choque de baixa intensidade - ajudam a regenerar o corpo cavernoso e aumentar o músculo liso;

Células tronco - injetadas no corpo cavernoso;

Outros métodos - Dispositivos mecânicos, bombas mecânicas aplicadas no pênis e injetáveis no corpo cavernoso.

O Dr. também listou outros tratamentos para casos de disfunção sexual. Segundo ele, porém, o paciente deve passar por uma rigorosa avaliação clínica, pois as alterações hormonais podem causar diabetes e acidentes cardiovasculares.

O tratamento com testosterona auxilia na satisfação sexual, redução de câncer, função cognitiva, cardiovascular, disfunção erétil, aumenta libido, entre outros efeitos.

Por sua vez, com inibidores de PDE5, a dose administrada depende dos efeitos colaterais que o paciente irá sofrer, entre eles, cefaleia, pequenas alterações visuais, entre outros. Além disso, há um efeito de proteção cardíaca e o uso pode ajudar a regenerar o corpo cavernoso e melhorar o nível de testosterona.

Novos hormônios

O palestrante finalizou o conteúdo falando sobre dois hormônios que devem ser incluídos no Brasil futuramente: Melanotan e Bremelanotida.

Melanotan - ajuda no bronzeamento de dentro para fora, é estimulador sexual, pode prevenir câncer de pele, controlado por placebo, via oral. Os efeitos colaterais são náusea e bocejo.

Bremelanotida - aumenta a libido, administrado para homens e mulheres, como spray nasal, pode aumentar a pressão arterial, melhora qualidade de vida e pode causar náusea.


Efeitos Térmico-Independentes dos Campos Eletromagnéticos e da Comunicação Sem Fio: Por Que as Diretrizes de Segurança São Fraudulentas?

O Prof. Dr. Martin Pall veio dos Estados Unidos para o Congresso falar sobre os efeitos térmico-independentes dos campos eletromagnéticos e da comunicação sem fio. Além disso, ele afirmou que as diretrizes de segurança existentes atualmente são fraudulentas e explicou o porquê disso.

Segundo Pall, os campos eletromagnéticos geram diversos efeitos térmico-independentes em quem está exposto a eles, por meio do uso de aparelhos de comunicação sem fio, como celulares e smartphones.

Ao longo da explicação, foram detalhados os efeitos biológicos que são consequência dessa exposição. Algum destes são a ativação dos canais de cálcio intracelular (VGCCC), aumento em óxido nítrico, entre outros.

As consequências para a saúde também foram apresentadas pelo Dr. e incluem disfunção nas mitrocôndrias, hipotensão e hipertensão que, apesar de serem efeitos opostos, não significam uma inconsistência porque ocorrem em situações diferentes.

Taquicardia, catarata, efeitos hormonais, neurodegenerativos, neurológicos e neuropsiquiátricos também estão entre as consequências. Além disso, crianças são mais sensíveis a campos eletromagnéticos que os adultos, o que pode resultar em hiperatividade, autismo e pacientes com 30 anos diagnosticados com Alzheimer e “demência digital”, que ocorre em uma idade muito precoce.

Com todos estes efeitos citados, Pall considera as diretrizes de segurança sobre a comunicação sem fio como fraudulentas porque, segundo o Dr., elas não consideram os efeitos biológicos e, portanto, não protegem as pessoas. “Elas foram criadas em 1998 pelo setor para nos proteger contra a radiação ionizante, mas protegem o setor e não nós”, frisou.

Pall afirmou que as diretrizes de segurança nos protegem apenas contra efeitos térmicos. Desta forma, os níveis permitidos de radiação ionizante causam diversas consequências à saúde por não considerar aspectos essenciais.

Além disso, a base para medição nestes níveis não é consistente, de acordo com o Dr., porque considera exposições médias ao longo de seis minutos, mas o que ocorre, na realidade, é algo constante.

Os problemas, segundo Pall, vão se agravando ao longo do avanço tecnológico. Isso porque os dispositivos de comunicação sem fio se comunicam por campos pulsados, pulsos modulados e de nanossegundo. Quanto mais inteligente o dispositivo for, mais pulsos produz e cada vez mais perigosos. 

Desta forma, o Dr. acredita que nós temos curvas dose-resposta extremamente complexas e um único modelo simples, físico, não consegue prever as consequências das exposições. Por isso as diretrizes são fraudulentas.

Por fim, Pall apresentou dois fatos alarmantes: Não existem métodos que podem reverter os efeitos da exposição a campos eletromagnéticos na Medicina Convencional e a medida mais óbvia para evitar as consequências seria evitar a exposição, mas as agências regulatórias e a indústria tornam isso cada vez mais impossível.


Efeitos Neurológicos e Neuropsiquiátricos dos Campos Eletromagnéticos e da Comunicação Sem Fio: Do Autismo à Demência de Alzheimer. Por Que o Sistema 5G Será Ainda Pior?

Após detalhar os efeitos neurológicos e neuropsiquiátricos dos campos eletromagnéticos e da comunicação sem fio, o Prof. Dr. Martin Pall explicou porque o sistema 5G será ainda pior.

Segundo o Dr, o 5G vai transmitir de 20 a 100 vezes mais informação do que o 4G, que por si só já tem um campo altamente pulsado, que por sua vez tem muito mais pulsos que o 2G. Essa realidade é extremamente prejudicial.

“Temos uma situação em que cada passo tornou os dispositivos cada vez mais inteligentes, capazes de transmitir mais informação. Ao fazê-lo sem fio, estamos criando um caos no nosso organismo devido à alta pulsação”, considerou.

Além disso, outra realidade preocupante será o número “extraordinário” de antenas 5G muito próximas a comércios, escolas, hospitais. Com isso, será impossível evitar a exposição, não só por conta do nível mais alto de pulsação, mas pela intensidade e densidade extraordinariamente altas.

Para falar sobre o sistema 5G, Pall ressaltou o que foi explicado em sua palestra anterior: os altos efeitos biológicos dos campos eletromagnéticos nos seres humanos.

Estes efeitos têm consequências profundas no organismo e no cérebro, segundo o Dr., por meio da penetração pelo cabelo, pele, crânio, meninges. Estas consequências podem ser percebidas no eletroencefalograma.

Entre os problemas enfatizados novamente por Pall estão efeitos patológicos que afetam a fertilidade masculina, diminuindo a contagem espermática para abaixo de 50%, alterações fisiológicas que podem levar ao autismo, Alzheimer e demência, entre outros.

O Dr. finalizou a apresentação com outro alerta: evidências empíricas claras mostram que as previsões da indústria estão erradas e que já existem efeitos penetrantes à saúde por conta dos campos magnéticos. Com o 5G, os efeitos serão muito mais profundos do que a indústria diz.


Guia Seguro Para Melhorar a Performance dos Médicos em Palestras, Entrevistas e Redes Sociais: Postura, Comportamento, Modo de Vestir-se e Abordagem dos Temas

A jornalista Leda Nagle trouxe um “guia seguro” ao Congresso para melhorar a performance dos médicos em palestras, entrevistas e redes sociais. A palestrante falou sobre postura, comportamento, modo de vestir-se e abordagem dos temas em entrevistas.

Ao longo de sua longa carreira jornalística, Leda Nagle entrevistou diversos médicos e criou um manual de como os profissionais devem se comportar ao falar com um jornalista. Para ela, se o médico souber se posicionar de forma assertiva, pode gerar uma imagem positiva e frutos para sua carreira.

"Vivemos no meio da comunicação, todos querem falar e usar as redes sociais. A missão do médico é educar, ajudar alguém a ter empoderamento sobre o conhecimento na área da saúde. A postura e a maneira de falar é muito importante em uma entrevista", afirmou.

Leda Nagle listou diversos comportamentos recomendados aos médicos no momento da entrevista:

- O médico deve primeiro responder de forma objetiva e depois se aprofundar sobre o assunto, falando de uma maneira que está de acordo com o público-alvo, para que seja útil para a maioria das pessoas;

- Conhecimento, simpatia, gentileza e educação são alguns dos pontos principais para a entrevista fluir melhor assim como aumentar o compartilhamento da informação;

- A assessoria de imprensa do médico deve trabalhar conforme a necessidade da informação no momento e não “forçar” garantir que o médico esteja em todas as pautas;

- O médico deve prestar atenção na pergunta, falar em voz alta e de forma objetiva sobre o que compete à sua especialidade, pois as pessoas têm o hábito de fazer perguntas sobre tudo relacionado à saúde.

- Ser generoso e compartilhar informações.

O que não fazer, segundo Leda Nagle:

- Levantar polêmicas;

- Usar roupas chamativas;

- Bajular os jornalistas;

- Achar que o repórter é confidente e falar sobre o que não quer que seja publicado.

O que vestir, segundo a jornalista:

- O médico deve usar uma roupa discreta e lisa. Os jornalistas analisam os entrevistados desde a roupa até o conhecimento.

Redes sociais:

Para a jornalista, o meio digital é cada vez mais forte. O uso das redes sociais, porém, deve ser feito de maneira cuidada e pensada.

"O profissional deve tomar cuidado e repensar quando for falar sobre algum assunto, quando for fazer alguma postagem. A influência no meio digital gera uma resposta do público, consequentemente, o que pode gerar críticas ou elogios. A repercussão pode atingir diretamente a sua imagem e trabalho", finalizou.

Nagle ministra o curso "Top Entrevistado", que visa auxiliar os médicos para se comunicarem melhor e conquistarem o seu espaço no mercado.


Os Desafios Clínicos e Corporativos da Medicina da Saúde na Prática do Dia a Dia

O 8° Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana foi encerrado com a palestra “Os desafios clínicos e coorporativos da Medicina da Saúde na prática do dia a dia”. O assunto foi detalhado pelo Dr. Victor Sorrentino e pelo Dr. Ítalo Rachid, que é presidente do Congresso.

O Dr. Ítalo Rachid falou que quando se é pioneiro em determinada área da medicina, há o desafio de cometer erros e enfrentar desafios até que o conhecimento seja consolidado. Contudo, é de responsabilidade dos percursores compartilhar essas experiências para que os profissionais que estão vindo não passem pelos mesmos caminhos que não deram certo e sigam os passos que resultaram em sucesso.

Sobre o tema, o Dr. Victor Sorrentino listou os desafios da medicina da saúde e apresentou algumas dicas importantes. Entre elas está a responsabilidade com o paciente. Segundo o Dr., o médico não deve assumir o que não está em sua especialidade e dentro de sua capacidade. Nestes casos, é preciso encaminhar o paciente a outro especialista.

“No momento em que se aplica a medicina integrativa, nós precisamos pensar em fazer aquilo que somos capazes de fazer e não fazer tudo”, pontuou Sorrentino.

Um assunto delicado também foi abordado por ambos os doutores: ambição dentro da Medicina. Os dois concordaram que o dinheiro nunca deve ser o objetivo, mas a consequência. Isso porque a ética e a vida dos pacientes devem ser aspectos que vêm em primeiro lugar.

“Em nenhum momento eu pensei em tirar dinheiro do paciente. Eu nunca coloquei o dinheiro na frente da minha vocação dentro da Medicina. Uma coisa é ter sucesso, outra é bem-sucedido, ser feliz. Deixar uma mensagem para o mundo. O paciente precisa sentir que a gente quer ajudá-lo”, disse Sorrentino.

O Dr. Ítalo Rachid ressaltou ainda, sobre a importância do paciente. Afirmou que ele precisa entender todos os detalhes do tratamento, os motivos de cada recomendação e, principalmente, o que cada substância prescrita vai fazer no corpo.

Os doutores também falaram sobre como lidar com a quantidade de informações difundidas nas redes sociais e como administrar o sucesso que os especialistas podem fazer ao se utilizarem destas ferramentas.

Em seguida, debateram e deram dicas sobre como dividir o atendimento com outros profissionais, por meio de um trabalho multidisciplinar e integrado. Esta integração, segundo os doutores, deve incluir o paciente, que é parte da equipe e tem papel ativo do processo de produção de resultados.

Por fim, Rachid falou sobre a importância do equilíbrio espiritual para a prática médica, porque somos “espírito com um corpo” e não o contrário. Afirmou ainda que é preciso deixar o legado do conhecimento para que seja criada uma corrente do bem, garantindo sempre a longevidade saudável.


Encerramento

Com o encerramento do 8° Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana, os médicos que participaram voltaram para casa com muito conhecimento. Muitos participantes vão pegar o avião de volta para o estado de residência para aplicar à prática médica que exercem tudo o que aprenderam sobre os mais variados temas.

O clínico geral Felipe Niemeyer veio do Rio de Janeiro para o Congresso e vai levar para casa uma bagagem cheia de aprendizado, para poder utilizar no dia a dia do consultório. Na visão do médico, o saldo com certeza foi positivo.

“O evento, como sempre, é bem interessante, com informações bem relevantes para a nossa prática médica e com conteúdo científico muito rico para a gente até repassar para os pacientes”, disse.

A ginecologista Caroline Obrali saiu de Curitiba para São Paulo para participar pela primeira vez do Congresso. A médica considerou todas as aulas excelentes e se surpreendeu positivamente com o grau de atualização dos profissionais com relação aos temas apresentados e as novidades que foram compartilhadas.

“Está sendo muito proveitoso. Comecei nesse ano a pós, tive contato com a longevidade também nesse ano e está mudando totalmente minha visão de medicina, estou aplicando não só na minha vida pessoal, mas também na vida das minhas pacientes. Tenho gostado muito disso e meu objetivo é levar e promover cada vez mais saúde”, afirmou, animada.

Ao final, o Dr. Ítalo Rachid afirmou que mais importante do que reunir o conhecimento, é preciso fortalecer o movimento, fazer a diferença e colocar o que foi aprendido em prática, para promover longevidade saudável aos pacientes, por meio da Medicina da Saúde.

“Usemos esse modelo de medicina para fazer o bem e participar de um pacto no modelo ‘prospera-prospera’. Deixo minha gratidão àqueles que deixaram a família e dedicaram o feriado para estar aqui”, disse o Dr., encerrando o Congresso com a oração do Pai Nosso e as palavras “Viva a vida!”.